Carlos Ferri

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Carlos Ferri

Formado em 2005

Administração

"Eu sempre digo que todos somos capazes"

A trajetória de sucesso de Carlos Ferri, CEO do Grupo Zapala – holding multinacional composta por empresas nas áreas de tecnologia e serviços –, começou em 2009, ano em que ele decidiu aprender uma segunda língua. Seu destino era um intercâmbio para a Austrália que, a princípio, duraria apenas seis meses. No entanto, a vida lhe reservava uma grande virada. Formado em Administração pelo Centro Universitário Moura Lacerda, de Ribeirão Preto (SP), em 2005, o empresário conta que a experiência no exterior foi tão positiva que, em 2012, se tornou residente permanente e, em 2015, cidadão australiano. Hoje, aos 35 anos, ele mora na cidade de Sydney.

O Grupo Zapala atua em três setores: softwares, voltados para a área de logística internacional, recrutamento profissional e agência de intercâmbio – esta última, por meio da empresa World Study, conta com cinco unidades na Austrália e três no Brasil. Atualmente, o grupo está avaliado em R$ 25 milhões. O objetivo de Ferri foi dar oportunidade para pessoas que, assim como ele, decidiram partir para o exterior para trabalhar ou estudar e aprender inglês. “Eu sempre digo que todos somos capazes, basta acreditar”, ressalta.

A história do executivo com o Moura Lacerda começou em 1999. Ele iniciou o Curso de Ciências Contábeis, mas não se identificou com a área. O ramo da Administração abriria mais portas em seus caminhos. “Eu tive professores muito bons, que carregavam na bagagem uma vasta experiência de mercado. Fui bastante participativo na realização do Ciclo de Palestras, um programa no qual sempre levávamos um profissional de fora para se apresentar, conversar e dar dicas. Isso gerava um networking fantástico”, afirma.

Trajetória profissional

A decisão que mudou a vida de Ferri aconteceu de repente, durante uma reunião de negócios. “Eu trabalhava em uma indústria de eletrônicos que exportava para todo o Brasil. Estava tudo dando certo e eu era bem remunerado. Até que, durante um encontro com clientes, percebi que era o único da mesa que não sabia falar inglês. Saí da sala determinado a mudar isso, larguei tudo e resolvi investir em um intercâmbio”, conta. Ao desembarcar na Austrália, começou a trabalhar em uma lavadora de carros, enquanto estudava a língua estrangeira. “Tive muitas dificuldades no começo e fiquei decepcionado ao ver que, depois de seis meses, ainda não falava muito bem o idioma”, diz. Foi, então, que o espírito persistente e a força de vontade fizeram com que ele permanece no país por mais tempo que o programado.

A segunda experiência profissional de Ferri na Austrália foi em um bar noturno, fazendo coquetéis. “Eu recebia os pedidos e ouvia as pessoas conversando em inglês. Isso me ajudou bastante. Mas chegou um momento no qual percebi que eu gostaria de formar uma família. Por isso busquei por um trabalho durante o dia”, fala. A próxima oportunidade foi dada por uma empresa da área de transportes. Com a experiência que ganhou nessa última ocupação, resolveu, em 2011, abrir seu próprio negócio. “Defini que era a hora de seguir os conselhos do meu pai, que sempre dizia: ‘Se você quer que algo saia bem feito, então faça você mesmo’”, salienta.

O empresário comprou um caminhão e começou a fazer transporte de mercadorias. Depois de 18 meses, havia adquirido quatro caminhões e contratado alguns funcionários. Mas os sonhos de Ferri falavam mais alto. Ele vendeu todos os veículos e bateu na porta da Grace Group, uma das maiores companhias de Logística no país. Fez uma proposta para administrar o depósito internacional da empresa – e estava muito contente por negociar em inglês. “Minha oferta foi aceita. Depois de um tempo abri minha própria empresa e comecei a prestar serviços. O nome surgiu de uma brincadeira. Meus amigos não sabiam falar São Paulo e sempre diziam ‘Zopolo’. Fizemos um trocadilho e surgiu a Zapala”, diz.

O executivo retornou ao Brasil, recentemente, para promover o “Road Show 2017 – Experiências pelo mundo com Carlos Ferri”, um programa de palestras realizado nas cidades de Ribeirão Preto, São José dos Campos e Campinas. Na parada em sua terra natal, ele passou pela instituição de ensino que o formou e compartilhou suas conquistas com alunos, professores e convidados. “Coloco-me sempre à disposição para falar da minha história, mostrar os altos e baixos e motivar quem tem esse sonho”, conclui.